quinta-feira, 29 de março de 2012

Sonorização de ambientes, muito mais que tecnologia

O instrumento musical, hoje, é dono de uma representatividade indiscutível no aquecimento de vendas do áudio profissional. A parceria de sucesso é aquela que agrega valores para ambos, ou seja, a indústria tem que estar atenta às necessidades dos lojistas assim como de suas equipes de vendas. E é por conta dessa realidade que é imprescindível a aplicação constante de treinamentos intensivos que estimulam os vendedores a se profissionalizar, uma vez que o consumidor, a cada dia mais racional e exigente, espera sempre um atendimento de alto nível.

O setor de áudio profissional representa hoje um mercado que movimenta R$ 600 milhões, de acordo com a ABEMÚSICA - Associação Brasileira da Música. A cifra retrata a dinâmica dos negócios realizados em projetos de sonorização, comercialização de instrumentos musicais, som profissional como equipamentos em geral, além de acessórios e iluminação.

Dentro deste universo, há dúvidas que, apesar de consideradas simples por muitos, podem ser determinantes para a qualidade de um projeto de sonorização. Você tem a exata noção sobre quais potencialidades devem ser valorizadas quando se pensa em sonorizar um ambiente? E o que hoje é considerado indispensável para implantar um projeto de sonorização com excelência e valor qualitativo? Estas são algumas perguntas essenciais que integram o cenário do áudio profissional.

Quando se contrata um serviço de sonorização é preciso estar atento a detalhes preciosos. A primeira preocupação é orientar o cliente sobre o investimento a ser realizado. Dependendo do nível e necessidade, deve-se inicialmente discutir não somente custo, mas sim o quanto o cliente está disposto a investir. Desta forma, os esforços se concentram na identificação de um produto que se enquadre ao valor permitido no orçamento da empresa e se o produto, adequado a esses recursos, poderá ou não atender às expectativas.

Analisando o mercado nacional, pode-se afirmar que o Brasil está caminhando de maneira positiva com bom conceito no conhecimento sobre áudio. Assuntos que há anos pareciam impossíveis de se compreender são tratados hoje como procedimentos normais no nosso meio.


O mercado de som tem muito a crescer no país e no mundo e o potencial brasileiro nesse segmento não é por acaso. O setor religioso, por exemplo, é responsável por cerca de 50% dos investimentos em projetos de sonorização em nossos negócios. As igrejas são o principal nicho no que diz respeito à instalação de caixas acústicas e equipamentos de som profissional. Para se ter uma idéia do processo, a cada dia é fundada uma igreja no Brasil, segundo a AES - Audio Engineering Society, sociedade mundial que estimula o estudo e o desenvolvimento do áudio.

Outro setor responsável por consistentes investimentos em projetos de sonorização é o segmento esportivo. Estádios de futebol, ginásios e quadras representam a vice-liderança na procura por essa modalidade de serviço de áudio profissional. Já as casas de shows ocupam a terceira posição no ranking de sonorização.

Em esferas mundiais, a Europa é o centro de informações. Inglaterra, Itália e Alemanha sempre foram países referências para o mercado de áudio. Os Estados Unidos também ocupam essa fatia. Mas hoje, o Japão determina a tendência internacional na tecnologia digital. Para acompanhar essa dinâmica agressiva, cada vez mais impulsionada pela globalização, é preciso estar atento às tendências e levá-las ao conhecimento dos departamentos decisórios da companhia para possível alinhamento de estratégias de atuação.

Vale ressaltar, ainda, que o mercado de áudio detém um lado humano importante que, na verdade, é a essência de todo o trabalho: a sensibilidade auditiva. Ou seja, não existe uma regra básica para se chegar ao melhor som. Em linhas gerais, pode-se fazer a analogia a um médico na hora de medicar seus pacientes. Cada situação exige uma solução única para a execução do projeto.

E a certeza é de que no mercado de áudio profissional, as empresas procuram sempre indicar o que há de melhor. Ao idealizar um projeto solicitado, os melhores equipamentos são, na verdade, os medicamentos que nos oferecem recursos para o sucesso do trabalho.

*Renato Silva é diretor-presidente da Staner, empresa há 35 anos na liderança do segmento de áudio profissional


Fonte: www.revistaexclusiva.com.br