quinta-feira, 7 de maio de 2009

A História da Yamaha Musical


As mãos habilidosas de Torakusu Yamaha deram inicio à maior fabrica de instrumentos musicais do mundo. Tudo começou em 1817, quando ele criou o primeiro órgão de bambu do Japão. O desenvolvimento da arte de criar instrumentos musicais veio como uma conseqüência natural.
Torakusu criou, anos mais tarde, a Nippon Gakki Co. Ltda, responsável pela idealização do primeiro piano japonês. Em 1904, o piano e o órgão Yamaha recebiam o grande prêmio na Feira Mundial de St. Louis, ganhando reconhecimento mundial.
Hoje, a Yamaha Musical se firmou como a maior fabricante de instrumentos musicais do mundo, somando 23 mil funcionários e um faturamento anual de US$ 5,2 bilhões. Além da liderança no mercado de instrumentos musicais, a empresa está no topo dos mercados de áudio e vídeo, equipamentos de tecnologia da informação, entre outros.
A filosofia de negócios da corporação é totalmente voltada para o consumidor, por isso a criação dos produtos é detalhadamente pensada para preencher lacunas existentes nos diversos segmentos.
A busca pela excelência é alcançada por meio da proximidade entre os produtos Yamaha e o potencial cliente. Dentro de uma estratégia mundial de desenvolvimento, a Yamaha apóia diversas atividades musicais, incluindo parcerias com escolas de música, realização de workshops, entre outras atividades. A idéia principal é dar suporte para a educação e popularização da música universal e local.
Essa interação com o público consumidor, somada à constante incorporação de novas tecnologias, resulta em soluções que oferecem grande satisfação ao usuário, respeitando sua individualidade, criatividade e iniciativa.
No Brasil, a Yamaha Musical está presente desde 1973. O processo foi iniciado com a Fundação Yamaha e, desde então, foi formada a empresa que atua como central de vendas de produtos para lojas de instrumentos musicais.
Site Yamaha Musical do Brasil

Consoles Yamaha


A marca ampliou a linha VCM com três novos modelos: o DM1000 VCM, o 02R96 VCM e o 01V96 VCM. Estes novos modelos juntam-se à DM2000 VCM e incorporam novas tecnologias de processamento. A linha de consoles integra recriações de unidades EQ e de compressão clássicas da década de 70, simulações de gravações analógicas, uma gama completa de efeitos de reverberação REV-X, um pacote de pós-produção de áudio surround e uma seleção de caixas de ritmos clássicas. A marca informa, em comunicado, que deste modo não há necessidade de ligar processadores externos quando surgem requisitos especiais de processamento. Entre as características principais desta linha, destaque para a tecnologia VCM, ou Virtual Circuitry Modeling, responsável pelo compressor clássico EQ, integrando funcionalidades da série DM/0 VCM (como as simulações de efeitos da caixa de ritmos). Esta tecnologia modela as características dos circuitos analógicos, não se limitando a analisar e modelar os componentes eletrônicos, mas sendo capaz também de emular o som dos equipamentos antigos. Há também o REV-X, um algoritmo utilizado na geração de programas de reverberação e ambiente, oferecendo uma grande profundidade de reverberação. Esta tecnologia aproveita ao máximo a capacidade de processamento de 24 bits e 96 kHz da série DM/0 VCM, para produzir efeitos que trazem o realismo dos ambientes acústicos naturais. www.yamahaproaudio.com

Novo sistema sem fios WMS 4500


Na seqüência dos seus sistemas de microfones emissores sem fios WMS 4000, a AKG lançou os modelos 4500, aproveitando algumas das características que fizeram da série 4000 uma das mais avançadas.
Tal como a série antecessora, esta nova versão suporta múltiplos usuários e aplicações multicanal, suportando duas novas bandas de freqüências, a banda 7, dos 500 aos 530 MHz e a banda 8, dos 570 aos 600 MHz, aumentando o espectro de opções multicanal.
O sistema, composto por três unidades, o receptor SR4500, o emissor de microfone ou instrumento PT4500 e o emissor de microfone de mão HT4500.
O receptor é uma unidade de meio-rack de tamanho, com uma tela frontal onde são mostrados os dados necessários para trabalhar com o sistema, sendo que as antenas de recepção são montadas na parte de trás, juntamente com as ligações físicas balanceadas. A tela é retro iluminada e a sua luminosidade ajustável, o que permite colocá-la em locais mais visíveis sem que isso implique qualquer problema, ou então em locais de fraca iluminação podendo aumentar-se a iluminação da unidade de modo a esta ficar mais
visível. Traz presets de fábrica, o que permite ligar o sistema e tê-lo imediatamente trabalhando em condições de perfeito desempenho. O software interno AutoSetup permite selecionar canais livres em intermodulação, ao mesmo tempo que a função EnvironmentScan permite escolher as freqüências de rádio disponíveis, e a função RehearsalMode permite que durante os ensaios se guardem dados do sistema que mais tarde podem ser importados, como os níveis de squelch, escolha de freqüência e nome de usuário, os quais podem ser guardados e mais tarde chamados de modo a facilitar o set-up.
O emissor PT4500 é uma unidade bodypack, que tanto pode ser utilizado para ligação de microfone, através de uma mini-ficha XLR ou então de instrumento/linha, com sensibilidade de entrada ajustável. A parte eletrônica encontra-se na parte de cima do emissor, que é em metal, o que assegura uma maior durabilidade e segurança. Na parte de baixo, encontra-se o compartimento para as baterias/pilhas, simplificando o acesso a estas, visto não ser necessário mexer na zona da eletrônica. O arquivo TA-3F Mini-XLR permite a ligação a um grande conjunto de headsets da AKG, microfones de lapela e vários cabos.
A unidade HT4500 de microfone emissor de mão é em metal com uma pintura preta pensada para utilização no palco. Essa unidade permite a utilização de uma grande variedade de cabeças de microfone, incluindo as D5, D3700, D3800, C5900, C5, C535 EB, assim como a nova D7.
O sistema WMS 4500 pode ser integrado num sistema HiQnet através do hub opcional 4000Q, utilizando o software System Architect, o que vai permitir configurar, controlar e monitorar remotamente tudo a partir de um PC. Com esse software, é muito simples fazer a gestão do espectro de freqüências, e toda a gestão do sistema, através das ferramentas RF Monitor, Device Manager, Environment Scan e Auto Setup.


quarta-feira, 6 de maio de 2009

Os 4 Elos da Sonorização ao Vivo




David Distler




Ao considerarmos um sistema de sonorização ao vivo, vale a pena, antes de mergulhar nos inúmeros detalhes que envolvem cada componente, fazer uma abordagem geral que nos proporcionará uma compreensão mais abrangente do sistema de PA total.
Antes de mais nada, cabe a pergunta: O que é um PA?
O termo originalmente vem das palavras "Public Address" que no Inglês eram empregadas quando uma pessoa se referia a um sistema de som destinado - ou endereçado (address) a um publico (public).
Com o passar do tempo, porém, percebeu-se a necessidade de se cunhar um termo mais específico para sistemas de sonorização de shows e apresentações ao vivo, pois o termo PA englobava também os sistemas de chamada e aviso utilizados em aeroportos, rodoviárias e hospitais que, obviamente, têm muito pouco em comum com os sistemas de sonorização de eventos. Mais recentemente convencionou-se utilizar o termo "Performance Audio" em referência aos sistemas de sonorização de shows e eventos mantendo-se, ainda a conveniência de podermos utilizar a sigla PA como já acostumados.
Dada a introdução, vamos à análise geral dos componentes de um PA. Todo PA é composto de equipamentos que acabam se encaixando numa das seguintes áreas: Captação Processamento Projeção
Para completarmos esta visão sinóptica, resta incluir uma quarta área que compõe (ou compromete) o som do seu PA. É a Acústica.
Embora possa parecer uma simplificação exagerada das técnicas e equipamentos envolvidas num PA, esta visão sinóptica é muito importante pois, muitas vezes, temos visto igrejas que investem pesadamente numa área e por desconhecerem, ou desprezarem, a importância das outras, continuam numa conjuntura eletroacústica que impossibilita um som de boa qualidade.
Isto resulta do fato de que existe uma sinergia ou interdependência entre cada uma destas áreas de modo que poderíamos ilustrá-las como uma corrente de quatro elos em que, conforme o ditado, o elo mais fraco acaba limitando o desempenho da corrente.
Assim como é fácil se compreender a futilidade de se investir alto para adquirir uma corrente com elos de aço e esperar aproveitar a sua força ao amarrá-las à carga que se pretende puxar com uma delgada linha de costura, assim deve se buscar distribuir os investimentos em som de modo a manter uma qualidade proporcional entre as quatro áreas acima.
Digamos que sua igreja tenha contratado profissionais que cuidaram da acústica do seu salão de culto e que ainda houve recursos suficientes para a aquisição de bons aparelhos e caixas de som, porém, na hora de comprar os microfones a verba se esgotou... Se um irmão bem intencionado for até a Rua Santa Ifigênia e adquirir de um camelô uma dúzia daqueles microfonezinhos destinados àquelas (sofríveis) gravações em fita cassete com gravadores portáteis "porque estavam com um preço imperdível"... Na hora em que forem ligados à sua aparelhagem de qualidade profissional o som que sairá pelas suas caixas, com toda a fidelidade, para ser uniformemente distribuído por todo seu salão de culto, será o som de um reles microfonezinho de gravador portátil!
E do mesmo modo que não adianta se iludir achando que se irá "economizar" nos microfones, de nada adianta se tentar fazer uma “economia” desproporcional de recursos em qualquer outra destas áreas!
Daí se evidencia a importância de se buscar os serviços de um profissional que conheça tanto os equipamentos, quanto as técnicas de instalação. Alguém que, de preferência, não esteja vinculado a nenhum fabricante nem estoque de alguma loja e que possa, com base em sua experiência, orientar imparcialmente para que os recursos de sua igreja sejam distribuídos racionalmente entre as quatro áreas, otimizando os investimentos para que sua comunidade venha a usufruir de qualidade proporcional ao seu investimento.
Captação
Nesta parte vamos nos preocupar com a seleção e o posicionamento dos microfones. A idéia é otimizar seu posicionamento, de modo que o som que eles enxergam (captam) seja de fato uma representação fiel da voz ou instrumento que desejamos amplificar. É importante que se faça bem a captação, pois não há como recriar ou consertar o som que não foi bem captado. Por ser a captação o primeiro dos elos é ela que vai determinar a qualidade a ser mantida em todos as demais etapas da nossa corrente de sonorização.
Além dos microfones, podemos incluir nesta primeira fase os Direct Box que têm a função de condicionar os sinais eletrônicos fornecidos na saída de instrumentos como contrabaixos, guitarras violões (com captadores) e teclados, para que possam "viajar" pelos cabos e multicabo até chegarem na sua mesa de som sem sofrerem interferências e perdas no caminho. Além disto, eles adeqüam estes sinais às entradas de baixa impedância de sua mesa.
Processamento
Feita a captação, os sinais chegam à mesa de mixagem onde tem inicio o seu processamento. Nesta fase o som passa por todos os aparelhos: equalizadores, compressores e eventuais crossovers até chegar nos amplificadores.
No processamento, o mais importante para a conservação da qualidade do sinal (além de não distorcê-lo por excessos de equalização) é manter uma correta estrutura de ganho. Ou seja, garantir que o sinal, originalmente bem captado, entre com o máximo volume possível na sua mesa - sem fazer distorcer a entrada (!) - e depois manter este nível por todo o trajeto através dos demais aparelhos até chegar ao(s) amplificador(es) de potência. A filosofia é parecida com a da fase de captação: Se você entra com um sinal muito baixo em algum ponto do processamento, ao tentar aumentá-lo depois, você estará aumentando também ruídos (como chiado) pois, na verdade, não há como recuperar toda a qualidade original de um som que ficou muito baixo em algum ponto e sua relação sinal ruído estará irremediavelmente prejudicada.
Projeção
A etapa de projeção é realizada por suas caixas de som que irão projetar o som amplificado sobre os ouvintes.
Aqui, o que se deve buscar é evitar, ao máximo, que o som seja projetado sobre qualquer outra superfície que não o seu destino final - os seus ouvintes. Para isto são necessárias caixas acústicas cuidadosamente montadas para terem uma projeção controlada. A razão é simples. Superfícies refletoras, como paredes, acabarão refletindo o som de volta ao ambiente de maneira não uniforme aumentando o campo reverberante. Quanto maior o campo reverberante, menor será a nitidez e a compreensão da palavra falada ou cantada.
Acústica
O som projetado pelas caixas acabará sendo alterado pela acústica do ambiente. Quanto menor e mais uniforme for a alteração, melhor a acústica. É nesta última fase que o som, originalmente captado pelos microfones, pode, por problemas de posicionamento ou excesso de volume, encontrar um caminho de volta aos mesmos sendo realimentado e causando a chamada microfonia.
A acústica é a responsável pela existência da chamada reverberação - uma série de rápidos reflexos do som que se confundem com o som original e que, portanto, devem ser evitados pelas razões descritas no elo anterior.
Na verdade uma certa reverberação é permissível e até desejável para melhorar a apreciação da música. É importante que se saiba, porém que a existência de um campo reverberante de intensidade e duração apropriados não se encontram por acaso - e quando não são partes integrantes do projeto original de um auditório, raramente podem ser corrigidos de maneira total sem que se tenha de gastar muito em materiais acústicos. (Tipicamente, gasta-se quatro vezes mais para consertar erros acústicos do que se gastaria para se projetar e construir corretamente um ambiente.)
Mais uma vez vemos a importância do envolvimento de profissionais qualificados desde a fase de projeto


Extraido de: David B. Distler - Com mais de 20 anos de experiência, David, é consultor associado à Audio Engineering Society e à National Systems Contractors Association. David projeta sistemas de som, sonoriza eventos e tem ministrado cursos para centenas de operadores de som e músicos.

e-mail: dd@proclaim.com.br